08 janeiro, 2011

Open your eyes

Uma das maiores consequências de acordar cedo é a falta de raciocínio lógico (aliás, do todo o tipo de raciocínio) até, sensivelmente, ao meio/fim da manhã.
Por muito que uma pessoa se esforce, a vontade de fechar os olhos e voltar para os (tão!) sedutores lençóis do leito é sempre mais forte do que nós e a única coisa que nos impede de para lá voltar é a responsabilidade (palavra que eu gosto muito pouco de utilizar).

Esta tentação toda leva uma pessoa a um "não-pensar" constante e prolongado. Claro que isto acarreta consequências que podem ser potencialmente graves.

Por exemplo, neste Verão passado a minha progenitora decidiu passar uma bela semana de Agosto de férias, sozinha, para descansar de ser mãe. Eu necessitava que ela me fizesse um empréstimo monetário (sem juros nem retorno) de modo a que eu pudesse ir a um acampamento de verão para jovens LGBTS (para as mentes mais arcaicas: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Simpatizantes) com o meu lover.

Como nunca recebi dinheiro sem antes tecer explicações sobre qual seria a finalidade do mesmo, desta vez as coisas não iriam correr de outra forma. Já tinha, então, engendrado na minha cabecinha, uma maneira de mostrar à senhora que deu à luz a ficha de inscrição, sem que ela descobrisse, de facto, que tipo de acampamento era. Ora, claro, como bom preguiçoso que sou, deixei que as coisas se fossem arrastando até que chegassem a um ponto crítico. (É nestas alturas que eu me sinto um tolinho o meio da ponte, sem saber para que lado ir, ou seja, é nestas alturas que fico sem saber se ter esta senhora como minha superiora hierárquica no seio do lar é benéfico ou não.)

Expressão feita por
mim quando a porta
do meu quarto se abriu
Na manhã do dia da partida da proge (leia-se "pruge" e entanda-se progenitora) uma entrada de rompante no meu quarto, demasiado cedo para que eu pudesse perceber o que se estava a passar, acordou-me  e fez-me saltar da minha tão querida cama. Como era tudo em prol de um melhor futuro para mim (despesas da viagem possivelmente pagas), eu lá fiz a amabilidade de me levantar e imprimir a ficha de inscrição.

Estupidez número 1: Ainda não tinha lido a ficha

Estupidez número 2: Deixei-a ler a ficha antes de mim

Estupidez número 3: Não me apercebi do erro que estava a cometer, pois não estava a pensar



Todo este cenário culminou numa saída (um tanto ou quanto de diva) da minha mãe, da sala, acompanhada pela frase: "Eu não pago para isto..."

Esta história foi apenas uma demonstração das nefastas consequências que pode ter um acordar cedo de mais.

Reflitam sobre este assunto e se tiverem história relacionadas com este tema não se acanhem e partilhem-na!

Hugz & Kisses

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